sábado, 7 de março de 2009

Com a poesia...

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No passado dia 27 de Fevereiro e no âmbito do Encontro "ESCOLA: HÁ LUGAR PARA NOVOS CRIADORES?", o 3º A disse poesia no Auditório da Biblioteca Almeida Garrett.

Desde o 1º ano que este grupo lida de uma maneira muito regular e "amigável" com a poesia e os poetas.
Em todos foi logo visível um gosto particular pela brincadeira de sons e ideias tão característica deste tipo de texto. Assim, memorizar e recitar de forma encenada os poemas de que mais gostam é sempre uma festa.

Da manhã do dia 27, ficam aqui algumas imagens.






Este foi, pois, mais um momento em que o grupo esteve "com a poesia", mas, desta vez, num palco e para gente grande ver e ouvir. Nesse dia, encontraram-se com os colegas do 11º C, com quem têm tido alguns "Encontros Literários" e gostaram muito de os ouvir dizer, de novo, o poema "Romance do Aquário", de J. Pedro Mésseder.

Foi uma ocasião especial e que vai ficar na memória de todos.

Os alunos, a propósito, disseram:

"Eu penso que a ida à Biblioteca Almeida Garrett foi muito divertida e diferente. Um colega meu era o apresentador e estava nervoso, porque ele dizia que se podia enganar, mas não se enganou.(...) Eu senti-me um bocadinho envergonhada, mas muito feliz. A professora disse que nos portámos muito bem e, no fim, as pessoas bateram palmas e eu gostei." (Francisca)

"Eu fui o apresentador e ao princípio estava nervoso, mas quando fui para o palco deixei de estar." (Miguel)

"Eu pensei que podia ir lá outra vez, é um sítio bom para dizer poesia a um público." (João)

"As poesias correram bem, porque dissemos com vontade e alegria." (Rafael)

"Eu gostei de declamar as poesias, pois acho que a poesia é uma canção de embalar." (Daniela)

"Eu gostei de lá estar, mas quando olhei para aquela gente disse assim: Tem calma, Ana. E assim aconteceu e gostei mesmo muito de lá estar." (Ana)

"Por mim, acho que todos nós gostamos muito de dizer poesia e qualquer dia vamos ser uns grandes poéticos." (Tatiana)

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Das poesias recitadas, escolhemos esta, que fala do Porto, cidade de granito, que tantas saudades deixa a quem daqui parte.

O Emigrante [Campanhã]

Adeus, ó pedras do Porto,
Tão frias, pela manhã,
Eu vou partir num comboio
Na estação de Campanhã.

Adeus, ó sinos da Sé,
Vendedeiras do Bolhão,
Adeus ó fogo em que ardi
Na noite de S. João.

Adeus, ó verde cavalo
Da Praça da liberdade
E Douro que me douraste
Os sonhos de cada idade.

Ai, como pesa a saudade
Numa mochila vazia…
Eu vou para o fim do mundo
Mas hei-de voltar um dia.

Luísa Ducla Soares

1 comentário:

paula cruz disse...

Quem lá esteve sabe que eles foram fantásticos. Parabéns!